Você já se pegou assistindo a um filme de terror e pensando: ‘Isso é tão previsível’? Os clichês de terror para evitar podem transformar uma história promissora em algo sem sabor. Neste post, vamos explorar os mais comuns clichês do gênero aterrorizante e como evitá-los para criar narrativas mais envolventes e originais.
Os clichês mais comuns em filmes de terror
Os clichês em filmes de terror frequentemente se tornam previsíveis, tornando a experiência do espectador menos impactante. Um dos clichês mais comuns é a vítima que sempre investiga ruídos estranhos. Muitas vezes, a protagonista ou protagonista se sente compelido a checar o que está acontecendo, ignorando os perigos evidentes. Isso cria uma sensação de frustração no público.
Outro clichê conhecido é o assassino que sempre retorna, mesmo após ser aparentemente derrotado. Essa repetição pode causar tédio, pois os espectadores já conhecem a estrutura da narrativa. Um exemplo disso é o icônico Michael Myers da franquia ‘Halloween’.
Há também a clássica jovem que se separa do grupo. Essa trope é comum em histórias de terror, onde um personagem toma a decisão de se afastar, o que normalmente resulta em sua morte. Essa tática pode ser vista como um atalho narrativo que tira a tensão genuína do medo.
Adicionalmente, temos o clichê do relógio que para ou outros objetos que mudam de comportamento para indicar a presença de algo sobrenatural. Esses sinais costumam ser muito usados e podem acabar desvalorizando a construção de suspense.
Por fim, o clichê do melhor amigo que trai muitas vezes aparece em histórias onde a confiança é quebrada em momentos críticos, mas pode ser previsível e enfraquecer o impacto emocional se não for tratado com originalidade.
Por que os clichês afastam os espectadores
Os clichês são elementos que se repetem em histórias de terror e podem fazer com que o público se desinteresse rapidamente. Quando os espectadores conseguem prever o que vai acontecer a seguir, eles perdem a emoção e a tensão que um bom filme de terror deve proporcionar. Aqui estão algumas razões pelas quais os clichês afastam os espectadores:
1. Falta de Surpresa
Quando os elementos de uma história são previsíveis, a surpresa se perde. O medo, que é uma emoção essencial no terror, tem muito a ver com o inesperado. Se o público já viu tudo antes, o impacto psicológico é reduzido.
2. Conexão Emocional
Os clichês podem criar personagens estereotipados, fazendo com que os espectadores não se conectem emocionalmente com eles. Por exemplo, o ‘garoto nerd’ ou a ‘garota popular’ são figuras comuns que, se mal exploradas, não conseguem gerar empatia.
3. Diminuição do Envolvimento
Quando um filme ou uma história segue uma fórmula familiar, o envolvimento do espectador diminui. Eles podem se sentir mais como observadores passivos do que como participantes ativos da narrativa, interferindo no prazer da experiência.
4. Redução da Originalidade
Os clichês podem fazer com que experiências de horror pareçam iguais e sem entusiasmo. A originalidade é fundamental para capturar a atenção do público e mantê-lo engajado, enquanto os clichês entorpecem a criatividade.
5. Perda de Autenticidade
Histórias que dependem excessivamente de clichês podem parecer fabricadas ou não autênticas. Os espectadores frequentemente buscam narrativas que ressoem com suas próprias experiências e emoções, e os clichês podem impedir isso.
Portanto, evitar clichês é crucial para criar um terror impactante que realmente mantenha os espectadores na borda de seus assentos. Ao invés de recorrer a eles, os escritores devem buscar novos ângulos e elementos inovadores que possam surpreender e intrigar o público.
Alternativas criativas aos clichês de terror
No universo do terror, os clichês estão por toda parte. No entanto, encontrar alternativas criativas é essencial para prender a atenção do público e oferecer uma experiência inovadora. Ao invés de seguir as trilhas habituais, considere abordagens que desafiem as expectativas.
1. Personagens ambíguos: Ao invés de criar vilões unidimensionais, desenvolva personagens com motivações complexas. Isso pode gerar conflitos internos que intrigam o espectador, fazendo com que ele questione quem realmente é o ‘bom’ e o ‘mau’.
2. Espaços não convencionais: Tente ambientar sua história em locais inusitados. Por exemplo, um consultório dentário ou uma biblioteca pode se revelar mais assustador do que a típica casa mal-assombrada.
3. Medo psicológico: Em vez de depender de sustos repentinos, explore o medo psicológico. Foque em criar uma tensão crescente, onde o estado mental dos personagens se degrada, levando o público a sentir a mesma angústia.
4. Inverter expectativas: Subverta as expectativas do público. Por exemplo, faça o ‘herói’ ser a fonte do terror ou transforme a vítima em quem finalmente assume o controle da situação.
5. Narrativas não lineares: A estrutura da trama pode também ser alterada. Conte a história de forma não linear, apresentando flashbacks e perspectivas diferentes, mantendo o espectador adivinhando sobre o que realmente aconteceu.
Essas alternativas não só desafiam os clichês comuns, mas também oferecem uma nova visão sobre o gênero, proporcionando uma experiência mais rica e envolvente ao público. Ao abraçar a inovação, você amplia as possibilidades dentro da narrativa de terror.
Como inovar no gênero de terror
Inovar no gênero de terror implica romper com as expectativas do público e trazer elementos inesperados. Uma forma eficaz de fazer isso é desestabilizar as tradicionais estruturas narrativas, utilizando perspectivas únicas ou narrativas não lineares. Isso pode surpreender o espectador, fazendo-o questionar o que está por vir.
Outra abordagem é explorar medos e ansiedades contemporâneas. Ao invés de recorrer a monstros clássicos ou assassinos sem rosto, você pode utilizar temas como a tecnologia ou as relações inter pessoais. Isso torna a narrativa mais relevante e ressoante com o público moderno.
A criação de personagens complexos e multidimensionais também é essencial. Quando os personagens têm profundidade, suas lutas e medos se tornam mais impactantes. O espectador se vê investido na história, o que amplia o medo quando o inusitado acontece.
Além disso, considere utilizar ambientes e cenários inesperados. Um filme de terror que se passa em um ambiente familiar, como uma casa suburbana, pode provocar mais medo do que um cenário típico, como um hospital abandonado. O contraste entre o familiar e o desconhecido pode criar uma tensão emocionante.
Por fim, inove ao desafiar as convenções de gênero. Isso pode incluir elementos de humor acentuado ou a subversão de estereótipos. Ao desafiar o que o público espera de um filme de terror, você não apenas cativa sua atenção, mas também oferece uma nova perspectiva que vale a pena ser explorada. Assim, se você busca deixar sua marca no gênero, concentre-se na originalidade e na autenticidade na sua escrita.
Exemplos de clichês que surpreenderam
Alguns clichês em filmes de terror realmente surpreenderam o público, mesmo após anos de uso repetido. Um exemplo marcante é o famoso ‘Carona no Banco de Trás’. Esse clichê, que envolve um personagem que descobre um assassino na parte de trás de seu carro, continua a gerar reações de susto devido à sua execução inesperada. O simples ato de olhar pelo retrovisor pode levar a um momento de tensão palpável.
Outro clichê que surpreendeu é o de ‘A Garota que Sobrevive’. Embora muitos filmes tentem desviar desse arquetípico sobrevivente, aqueles que o utilizam de forma inteligente, construindo uma narrativa rica em nuances, conseguem surpreender o público. Esses filmes muitas vezes oferecem um desenvolvimento de personagem que faz o público se importar genuinamente com sua sobrevivência.
Um exemplo mais recente é o clichê de ‘A Casa Assombrada’, onde um grupo de amigos decide passar a noite em uma propriedade mal-assombrada. Contudo, filmes que exploram a psicologia dos personagens e as razões pelas quais escolheram essa casa conseguem subverter as expectativas, levando a histórias mais impactantes.
Além disso, o clichê de ‘O Retorno do Amigo’, em que um amigo que se pensava morto volta para assombrar os personagens, pode ter causado um choque após um enredo que engana o público com reviravoltas inteligentes. Este clichê, quando bem executado, transforma um momento esperado em uma descoberta surpreendente.
Outro ótimo exemplo é ‘O Mascote que Se Revolta’, que começou como um clichê, mas ao ser tratado com originalidade em algumas narrativas, trouxe à tona a ideia de que os animais podem ser não apenas os favoritos dos personagens, mas também uma fonte de terror inesperada.
Esses exemplos mostram como clichês podem ser utilizados de forma criativa e surpreendente, elevando a trama e proporcionando momentos de tensão que mantêm o público preso à história. Sua execução cuidadosa e a reimaginação das expectativas podem transformar até mesmo os mais simples clichês em experiências memoráveis.